
Era muito comum, há poucos anos atrás, um determinado azeite alardear que era o melhor do mundo. Com as novas fronteiras agrícolas a moda agora é ouvir o alarde do melhor do hemisfério norte, do hemisfério sul, da América do sul e o melhor do Brasil. Também é moda listas dos 10, top 100 e top 500.
A cada ano são realizadas dezenas de competições de azeite, e algumas efetivamente atribuem notas e estabelecem rankings. E há organismos que tabulam todos os resultados e definem então um ranking global
Aparecer no topo desses ranking é uma estratégia mercadológica de cada empresa. Primeiramente cada empresa precisa estar certa de que realmente possui um produto de alta qualidade no ano em curso. A partir disso são necessários investimentos financeiros e de tempo para participar do maior número possível de competições e depois disso, investimentos de divulgação.
Os resultados para quem fez esses esforços de forma correta sempre são bons e o desafio é dosar o esforço em relação ao volume produzido, evitando 0 efeito de escassez pelo excesso de procura.
O consumidor mais esclarecido sabe perfeitamente que esse esforço premia um bom azeite. Mas ele sabe também que há CENTENAS de azeites com qualidade semelhante ou superior ao redor que não participam dessa estratégia. Seja porque já possuem a fama e a clientela que desejam, seja por que o volume produzido não é compatível com os investimentos necessários.
Com menos alarde, vemos periodicamente algum veiculo da imprensa fazer publicações absurdas de rankings elaborados por meia dúzia de especialistas, após provarem uma dezena de produtos escolhidos aleatoriamente no mercado sem critério algum.
Desta forma o consumidor esclarecido procura acompanhar não só o barulho da mídia, mas também, em veículos especializados, como anda a oferta de produtores respeitados pela costumeira qualidade em suas colheitas.