A Mídia e a Fraude do Azeite

Azeite: A desinformação na grande midia

https://g1.globo.com/…/27-marcas-de-azeite-tiveram…

A grande mídia necessita de audiência e para isso sempre procura títulos bombásticos que impressionem ou assustem.

No caso desta notícia, que como outras do mesmo tipo, circulam em vários veículos com poucas variações, o objetivo é assustar e induzir o leitor a ler.

O leitor, claro, irá procurar entre as tais 24 marcas, se consta alguma que ele consome.

E o que ele irá ver é o que acontece todos os anos. Marcas desconhecidas, de engarrafadores clandestinos, normalmente em galpões do interior de São Paulo, que são criadas para abastecer a grande demanda de azeite barato para a cozinha de restaurantes e mercadinhos do interiorzão do Brasil.

Falta à grande mídia a profundeza na análise do tema. Azeite falsificado existe por que existe demanda. Porque os restaurantes pressionam os distribuidores a ter azeite barato para as suas cozinhas. Da mesma forma os mercadinhos do interior pressionam para que haja oferta do azeite barato.

E os distribuidores criam os fornecedores. Essa é a cadeia do azeite falso. Alta demanda e pessoas dispostas a investir numa área de risco. Galpões são montados a toque de caixa, sem infraestrutura, para desmontar ou perder na primeira investigação.

Não se pode culpar o governo por isso existir. Tem que coibir a demanda. As pessoas tem que saber que o barato não garante qualidade e exige atenção redobrada. Nunca consumir azeite barato de marcas desconhecidas.

E aí entramos na complexa questão da pobreza e da segurança alimentar. Como no caso da droga, a oferta sempre haverá onde houver a demanda. Não há polícia que de conta de conter a alta demanda.

Concluindo o azeite falso é um caso de polícia e de políticas publicas de erradicação da pobreza e artigos como este nada ajudam. O tema é complexo e continua em outros posts.

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